No lombo do Brasil que produz: a voz de um zootecnista acreano

Com raízes fincadas na zona rural do Acre, Tiago Andrade representa os milhares de profissionais que, com ciência e dedicação, fortalecem a produção animal e alimentam o Brasil.

Luiz Eduardo Souza

Na Colônia Monte Verde, no ramal da Transacreana, vive o zootecnista Tiago Andrade, 38 anos, filho de seringueiro e neto de vaqueiro. Ele sempre diz que a zootecnia entrou na vida dele antes mesmo de saber o nome da profissão. “Desde pequeno, eu já observava o rebanho, via o comportamento dos animais e ficava curioso. Queria entender como fazer o boi engordar melhor, a galinha botar mais e o pasto durar mais tempo na seca.”

Tiago se formou em Rio Branco e voltou para o interior com um propósito claro: aplicar o conhecimento científico para transformar a realidade dos pequenos produtores. Hoje, ele atende cooperativas, dá cursos em associações rurais e orienta famílias que vivem da agricultura familiar. Mas seu orgulho está em um projeto que coordena há três anos: o melhoramento genético de caprinos na região do Baixo Acre, que tem melhorado a renda de dezenas de famílias.

Para ele, o zootecnista é um elo silencioso entre o campo e a cidade. “A gente está por trás do leite que chega na escola, do frango na mesa do almoço, do ovo na feira e até da ração do cachorro. Trabalhamos para garantir que a produção animal seja eficiente, respeitosa com os bichos e sustentável para quem vive da terra.”

No Dia do Zootecnista, Tiago deixa um recado: “A profissão é uma ponte entre a ciência e a roça. É preciso ouvir o produtor, entender o chão que ele pisa, e com humildade aplicar o conhecimento para melhorar vidas. O Brasil não se sustenta sem quem cria, sem quem cuida, sem quem zootecniza.”

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