A última aferição do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) contabilizou aproximadamente 5,1 milhões de cabeças no rebanho bovino. Rondônia tem aproximadamente 19 milhões. Sendo rigoroso, Rondônia tem um plantel 3,7 vezes maior do que o acreano. No entanto, o número de frigoríficos é quase o mesmo: 28 lá e 22 aqui.
Essa relação oferece uma dimensão de como a saída de bezerros aqui no Acre é muito mais impactante não apenas pela modéstia do volume do rebanho, mas pela quantidade de frigoríficos que precisam do insumo para manter a indústria em operação.
As 22 plantas frigoríficas geram diretamente 3,2 mil empregos. Esse número tem como referência a unidade sifada de Tarauacá quando entrar em operação e após a ampliação do Frigonosso aqui na Capital. Isoladamente, nenhum segmento da cadeia produtiva da carne gera tanto emprego direto.
Na semana que vem, será definida quando será a próxima reunião da Câmara Temática da Agropecuária do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre. Esse próximo encontro deve ter um fórum mais restrito, embora com representantes de todos os segmentos da cadeia produtiva da carne.
Pequenos pecuaristas buscam apoio político na Aleac na terça feira
Cerca de 30 pequenos pecuaristas se organizam para pressionar por apoio político. Eles se preparam para ir à Assembleia Legislativa na próxima terça-feira (29). Aproveitam a defesa da classe feita na tribuna do parlamento pelo deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD).
O deputado solicitou do Idaf uma relação de informações: quer saber o número de saída de gado para outros estados no primeiro trimestre de 2024 e comparar com o mesmo período de 2025. Ribeiro quer saber para onde foram esses bezerros, por faixa de idade. Para Ribeiro, o problema da saída de bezerros da forma como está pode ter impacto direto no preço da carne para o consumidor.
No auditório do Ifac (antiga Escola da Floresta), na sexta-feira (25) será criada uma Associação dos Pequenos e Médios Pecuaristas da Transacreana. É um mecanismo de pressão política que os produtores perceberam ser importante para a defesa dos interesses da classe.
No Acre, 74% dos pecuaristas têm menos de 100 cabeças de gado na propriedade. Em outra faixa de produtores, os que possuem menos de 500 cabeças de gado na propriedade, alcança 95% de pecuaristas. Ao todo, o Acre possui algo em torno de 23 a 24 mil pecuaristas.