Secretário nega atraso de pagamentos a agricultores familiares

Aberson Carvalho afirma que Programa Nacional de Alimentação Escolar usa 100% dos recursos com agricultura familiar: R$ 20 milhões em 2024

Redação
Secretário de Educação do Acre, Aberson Carvalho, nega atraso no pagamento a agricultores familiares.
Aberson Carvalho afirma que a secretaria tem uma rotina de compras e nega atrasos de pagamento. Foto: Eduardo Colin/Consed

O secretário de Estado de Educação, Aberson Carvalho, negou que tenha ficado um ano sem pagar os agricultores familiares, fornecedores de polpas de frutas para a merenda escolar. A informação foi repassada por um dos diretores da Cooperacre e pela presidente da Cooperativa Agroextrativista Santa Fé, em Capixaba, um dos municípios mais afetados com o problema da falta de câmaras frias para estocagem do produto.

“Será que não foi em outra gestão?”, ironiza o secretário. “Na minha, não”. Carvalho afirma que tem mantido o pagamento dos fornecedores em “até 90 dias”. E lembrou que os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar, no Acre, são utilizados, integralmente, para valorização da agricultura familiar.

Existe uma obrigação legal de que o programa utilize ao menos 30% da merenda escolar oriundos do trabalho de agricultores de base familiar. “Nós utilizamos cem por cento”, assegura Carvalho.

O secretário lamentou que o contexto de produção acima da demanda tenha trazido prejuízos para o agricultor de base familiar. Mas rechaçou a informação de que a Secretaria de Estado de Educação tenha alguma relação com isso. “As nossas compras têm uma rotina. Eu não posso tomar minhas decisões de compra tendo como referência o nível de ocupação das câmaras frias da Cooperacre. Ela que administre os seus estoques”, atacou.

Na segunda-feira (10), o ac24agro.com apresentou a denúncia feita pela presidente da Cooperativa Agroextrativista Santa Fé de que a SEE estava comprando polpa de fruta de uma empresa acreana com polpa de frutas produzidas em Rondônia.

Além disso, a demora nas compras para merenda escolar por parte do Estado trouxe impacto nas lavouras dos agricultores de base familiar. O alto estoque, a baixa capacidade de estocagem nas câmaras frias e a ainda baixa capilaridade para comercialização das polpas fora do Acre tem trazido prejuízos para o produtor.

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