Novembro trouxe mais um resultado sólido para o agronegócio brasileiro. As exportações do setor somaram US$ 13,4 bilhões, alta de 6,2% em relação ao mesmo mês de 2024, impulsionadas principalmente pelo aumento do volume embarcado (+6,5%), mesmo em um cenário de preços internacionais mais moderados. O desempenho consolidou o mês como o segundo melhor novembro da série histórica.
No acumulado de janeiro a novembro de 2025, as exportações do agronegócio alcançaram US$ 155,25 bilhões, o maior valor já registrado para o período, com crescimento de 1,7% frente ao mesmo intervalo do ano passado. As vendas externas seguem cumprindo papel complementar ao mercado interno, ampliando escala, fortalecendo cadeias produtivas e estimulando geração de emprego, renda e investimentos em todas as regiões do país.
A China lidera os destinos do agro brasileiro no período (US$ 52,02 bilhões, +10,0%), seguida pela União Europeia (US$ 22,89 bilhões, +5,4%) e pelos Estados Unidos (US$ 10,48 bilhões, –4,0%). Outros mercados também ampliaram as compras, como Índia (US$ 3,02 bilhões, +11,0%) e México (US$ 3,0 bilhões, +8,5%), indicando avanço gradual da diversificação geográfica das exportações.
Entre os destaques de novembro, a soja em grãos somou US$ 1,83 bilhão (+64,6%), a carne bovina atingiu US$ 1,75 bilhão (+51,8%) e o café verde chegou a US$ 1,5 bilhão (+9,1%). Carne bovina e café registraram recordes históricos em valor, enquanto o volume exportado de carne bovina superou 318 mil toneladas, o maior já registrado para um mês de novembro.
No acumulado do ano, o Brasil exportou 3,15 milhões de toneladas de carne bovina, crescimento de 18,3%, com receita de US$ 16,18 bilhões (+37,5%). Em novembro, as exportações de miudezas bovinas também bateram recorde, com 27,1 mil toneladas. O desempenho reflete a abertura de novos mercados em 2025, como a Indonésia, que habilitou 17 novas plantas frigoríficas e ampliou as compras em 579%, e as Filipinas, que elevaram as importações em 35%.
A celulose e o algodão não cardado nem penteado também registraram recordes em novembro. A celulose alcançou US$ 939,2 milhões (+8,6%) e 1,85 milhão de toneladas (+14,3%), enquanto o algodão somou US$ 640,1 milhões (+18,6%) e 402,5 mil toneladas (+34,4%).
As exportações de feijões, pulses e gergelim mantêm trajetória de crescimento, apoiadas pelas aberturas de mercado conquistadas desde 2023. Em novembro, o gergelim bateu recorde histórico, com US$ 70,9 milhões exportados (+20%) e 72,3 mil toneladas embarcadas (+47,7%). Os feijões também atingiram recorde em volume, com 48,3 mil toneladas (+6,8%).
Desde 2023, o Brasil abriu 500 novos mercados para produtos do agronegócio. Iniciativas como o AgroInsight e a Caravana do Agro Exportador têm aproximado produtores e cooperativas de oportunidades internacionais. Somente o AgroInsight já identificou mais de 800 oportunidades em 38 países. Os resultados de novembro refletem o esforço contínuo do Governo Federal para ampliar e diversificar os mercados do agro brasileiro.
