Uma missão de executivos do Governo do Acre, composta pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho; pelo secretário Adjunto de Estado de Agricultura, Edivan Azevedo, e o diretor de Pesquisa, Tecnologia e Inovação do Agronegócio da Seagri, Thiago de Almeida, destacaram o cacau do Acre durante o lançamento da plataforma Selo Verde, um instrumento de monitoramento dos principais indicadores ambientais do Acre.
O mecanismo é público e reúne os principais dados do Meio Ambiente do Acre, praticamente, em tempo real, com imagens em alta resolução e informações oficiais. A ideia do Governo do Acre é conferir transparência no processo de produção das diversas cadeias produtivas, seja a carne, café ou cacau.
O cacau foi um dos destaques apresentados pelo grupo nas agendas em Medellin. A Colômbia é uma das referências mundiais na produção de café. Não produz tanto quanto o Brasil, mas tem muita experiência em produção sustentável de café. O cacau também tem ganhado espaço na agenda colombiana. A tendência para atender aos mercados mais exigentes é ofertar produtos com algum tipo de diferenciação na forma de produzir.
“Realmente não é sobre volume pois não conseguimos competir com os demais estados, temos condições de demonstrar que dá para produzir com alta qualidade e atendendo os critérios de sustentabilidade”, afirmou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho.
Com essa referência, Carvalho e o grupo de executivos do Acre entendem que o cacau é um produto que pode conquistar o mercado europeu. Mas precisa justificar isso com a apresentação de um produto que tenha identificação geográfica e misture o processo produtivo com a Cultura dos povos responsáveis por aquela mercadoria.
A Colômbia já está obedecendo ao protocolo chamado EUDR, as novas regras para exportação exigidas pela Comunidade Europeia.
O Acre tem o projeto “Rotas do Cacau”, que concilia a extração do cacau nativo com iniciativas vinculadas ao Turismo. O secretário de Estado de Agricultura, em entrevista ao ac24agro, já adiantou alguns detalhes do projeto. Ele quer as comunidades indígenas extraindo e beneficiando o fruto na própria comunidade. Se possível, junto com o Turista, respeitadas as exigências sanitárias. Mas a ideia de comer uma barra de chocolate produzida na aldeia é algo que está no radar da Seagri. É a exportação de um produto com essas características artesanais que interessa ao Governo do Acre.