A agricultura moderna vive um período de grandes desafios, exigindo práticas capazes de garantir produtividade, rentabilidade e sustentabilidade. Nesse cenário, as plantas de cobertura do solo têm se consolidado como uma estratégia eficiente para o manejo agrícola, contribuindo tanto para a saúde das lavouras quanto para a resiliência frente às mudanças climáticas.
De acordo com dados recentes da Embrapa, a adoção dessa prática já alcança 74% dos produtores brasileiros, revelando uma tendência cada vez mais consolidada no campo. Entre as espécies mais utilizadas, destacam-se a braquiária ruziziensis (57%), o milheto (54%) e o nabo-forrageiro (37%). Essa preferência mostra o reconhecimento dos agricultores sobre os benefícios dessas plantas, que vão desde a economia de recursos até a mitigação de riscos climáticos.
Benefícios práticos da cobertura do solo
Um dos principais ganhos proporcionados pelas plantas de cobertura é a redução da necessidade de irrigação, já que a cobertura vegetal diminui a evaporação da água e mantém a umidade do solo por mais tempo. Além disso, o sistema radicular contribui para a fixação e reciclagem de nutrientes, reduzindo a dependência de fertilizantes químicos.
Outro ponto de destaque é a proteção contra erosão e compactação, fatores que comprometem a produtividade agrícola a longo prazo. Ao formar uma espécie de “escudo natural”, essas plantas preservam a estrutura do solo, aumentam a infiltração da água da chuva e ajudam a controlar plantas daninhas.
Do ponto de vista econômico, a técnica também gera eficiência operacional. A menor necessidade de insumos e de manejo reduz os custos de produção e otimiza o uso da mão de obra, resultando em maior competitividade para o agricultor.
Perspectiva para o futuro
O avanço do uso de plantas de cobertura reforça o papel da agricultura brasileira na busca por modelos produtivos sustentáveis, que conciliem rentabilidade com preservação ambiental. Com os desafios impostos pelas mudanças climáticas e pela crescente demanda mundial por alimentos, o manejo do solo com espécies de cobertura se torna uma das ferramentas mais promissoras para manter a produtividade das lavouras no país.