O anúncio do reforço do Fundo Amazônia em R$ 210 milhões por parte do Governo Federal recebeu silêncio quase absoluto por parte das instituições privadas que representam o setor produtivo. No site da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil ou da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre nenhuma nota sobre o assunto.
Esses organismos de representação não entendem o fundo como algo que fortaleça a economia em bases produtivas efetivas, que gerem escala em atividades associadas à agricultura ou à pecuária.
A pioneira no aporte de recursos para o Fundo Amazônia foi a Noruega. Mas também são doadores o Japão, Dinamarca, Suíça, Irlanda e Estados Unidos. Essa característica de doação de recursos por parte de países ricos, entendem as representações de grandes agricultores do Brasil, avaliam que essa submissão não ajuda a consolidar cadeias produtivas, não geram renda efetivamente.
Do aporte de R$ 210 milhões anunciado no início da semana, R$ 150 milhões serão divididos entre 48 municípios habilitados da região. Os R$ 60 milhões restantes serão aplicados no projeto Prospera na Floresta, focado no turismo e na bioeconomia.