Mosca-da-carambola preocupa produtores no Acre e Idaf intensifica ações

Praga ameaça mais de 30 frutas tropicais e Idaf intensifica ações de prevenção para proteger a fruticultura acreana

A mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) é considerada uma das pragas mais perigosas para a fruticultura tropical. Apesar do nome, seu ataque não se restringe à carambola: manga, acerola, laranja, tangerina, goiaba, mamão, caju, jambo-vermelho, abacate, kiwi, maracujá e romã estão entre as mais de 30 frutas hospedeiras conhecidas. Ao depositar seus ovos dentro dos frutos, a fêmea garante que as larvas encontrem alimento abundante, destruindo a polpa e comprometendo o valor comercial da produção.

Além do dano direto à qualidade e quantidade da colheita, a praga representa um sério risco econômico. Em regiões infestadas, a circulação e venda de frutas hospedeiras sofrem restrições severas, inclusive com barreiras interestaduais e internacionais, o que afeta exportações e encarece a produção. Em alguns casos, a infestação leva à perda total das safras e ao uso intensivo de defensivos, elevando custos e riscos ambientais.

No Acre, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) atua preventivamente para evitar a entrada da mosca-da-carambola. Desde 2020, técnicos realizam monitoramento constante com 40 armadilhas do tipo Jackson distribuídas em 18 municípios, vistoriadas quinzenalmente. Em 2023, foi criada a Caravana de Prevenção da Mosca da Carambola, iniciativa que percorre escolas, feiras e comunidades rurais, promovendo palestras e orientando a população sobre o perigo da praga e a importância de não transportar frutas de áreas infestadas.

As ações se intensificaram em 2024, com a segunda edição da caravana e a capacitação de profissionais em Roraima, estado que já enfrenta a infestação. A estratégia combina educação, monitoramento e prontidão para resposta rápida em caso de detecção. Com isso, o Acre busca proteger seu patrimônio agrícola e evitar que a praga, já registrada em outros estados da região Norte, comprometa a produção e o comércio de frutas tropicais no estado.

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