Safra do buriti tem início na Amazônia e movimenta mercado regional

Fruto típico da Amazônia, o buriti começa a ser colhido em agosto e impulsiona o extrativismo sustentável com potencial na alimentação, cosméticos e geração de renda para comunidades locais.

Com a chegada do mês de agosto, comunidades extrativistas da Amazônia dão início à safra do buriti (Mauritia flexuosa), um dos frutos nativos mais importantes da região. Conhecido como a “árvore da vida”, o buriti começa a cair maduro do alto das palmeiras, marcando o período de coleta que deve se estender até dezembro. No Acre, Amazonas e outras áreas da floresta, a fruta movimenta não só a economia local, mas também reforça práticas sustentáveis e gera oportunidades para o agroextrativismo.

A abertura da safra tende a aquecer o mercado regional, especialmente entre agroindústrias, feiras e cooperativas que trabalham com a polpa do buriti para produção de sucos, doces, sorvetes, óleos e cosméticos. O fruto, rico em vitamina A, C e ômega 9, é amplamente valorizado tanto pela culinária quanto pelas indústrias de beleza e farmacêutica, devido ao seu alto potencial antioxidante e cicatrizante.

Com a retomada da colheita, é esperada uma elevação na oferta do produto in natura e da polpa congelada, o que pode reduzir temporariamente os preços, mas impulsionar a circulação da fruta no mercado interno e, em alguns casos, até em nichos internacionais. Em um cenário de valorização da sociobiodiversidade, o buriti se consolida como símbolo de geração de renda com preservação ambiental — principalmente quando manejado por populações tradicionais que conhecem o tempo e o ritmo da floresta.

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