Produtores denunciam abandono dos ramais Jarinal e Olho D’Água

Apesar de R$ 94 milhões alocados, vias seguem intransitáveis e sem execução das obras previstas.

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Os ramais Jarinal e Olho D’Água, previstos no lote de obras financiadas com R$ 94 milhões liberados pela Caixa em 2019 para manutenção de vias rurais, continuam praticamente intactos, com trechos intransitáveis e sem qualquer movimentação de serviços. Moradores registraram o abandono das estradas em fotos que foram mostradas ao DERACRE, mas, segundo Josimar Ferreira (“Josa”), do Sindicato dos Trabalhadores Extrativistas e Assemelhados de Rio Branco, “eles aqui já estão querendo jogar toalha branca” – apesar de haver recursos remanescentes dessas verbas.

O pacote original vinha de projetos protocolados em maio de 2017 e, além dos R$ 94 milhões, contava com emenda do senador Alan Rick para a construção de pontes nos mesmos locais. Conforme apurado, uma empresa chegou a ser contratada para executar serviços de raspagem e reforma, mas desistiu sem concluir nada. “Contrataram uma empresa que não fez nem a raspagem do ramal todo. Aí a gente não sabe como está esse andamento. Segundo eles, tem R$ 9 milhões no caixa, mas só falam de boca”, relata Josa.

Questionado pela reportagem, Celso, da coordenação técnica do DERACRE, admitiu a falta de mobilização de órgãos como INCRA e reconheceu limitações orçamentárias do governo do estado para dar continuidade aos trabalhos. Enquanto isso, produtores seguem impedidos de escoar banana, pimenta e outros produtos, e já cobram das autoridades uma definição sobre a liberação e aplicação imediata dos recursos em caráter de urgência.

Nota Oficial do Deracre

O Governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), está atuando no Ramal Olho D’Água para melhorar a trafegabilidade da via. No período de verão, será executado um aterro elevado que impedirá novos alagamentos causados pelo transbordamento do igarapé na região, garantindo o acesso das comunidades rurais.

Esclarecemos que há recurso federal já destinado a essa estrada vicinal, mas que ainda não foi liberado pelo Governo Federal. Enquanto aguarda a liberação, o Deracre mobiliza máquinas e equipes utilizando recursos próprios do Estado para execução de serviços emergenciais no local.

“O Deracre está comprometido em assegurar a circulação e o escoamento da produção rural, mesmo diante das limitações orçamentárias. Enquanto o recurso federal não chega, trabalhamos com nossas próprias frentes para manter a via transitável e minimizar os prejuízos a produtores e moradores”,

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