Idaf tem encontrado dificuldades com cadastramento de produtores de soja

Nas exposições da Câmara Temática do Agronegócio, ligado ao Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre, um dos painéis apresentados tratou do trabalho do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) junto aos produtores de soja. Os agrônomos e técnicos do instituto têm encontrado dificuldades em fazer com que alguns produtores se integrem ao Cadastro Anual das Propriedades.

O Idaf está respaldado por uma portaria do Ministério da Agricultura. A portaria 1.124, de 25 de junho de 2024, torna obrigatório o preenchimento do cadastro por parte do proprietário, seja este proprietário ocupante da área ou arrendatário.

O município de Plácido de Castro é o que mantém a maior área plantada de soja com 5,6 mil hectares; Capixaba, com 3,9 mil; Senador Guiomard com 2,8 mil hectares; Rio Branco tem 2,7 mil hectares; Porto Acre 2,6 mil. Xapuri soma 690 hectares; Epitaciolândia tem 425 hectares e Cruzeiro do Sul, com apenas um produtor, registra 281,02 hectares de soja. No Acre, há apenas 35 cadastros de área de produção de soja. Mas esse número deve aumentar agora em 2025.

Uma conduta do agricultor de base familiar tem colocado em risco a saúde das lavouras acreanas: alguns têm “testado” a cultura para adicionar à ração para alimentar os poucos animais que mantêm na propriedade. Há agricultores que plantam dois hectares de soja, por exemplo. É uma decisão economicamente inviável.

O problema é que ao abandonar a área, o agricultor deixa vulnerável toda a região no que se refere à saúde das lavouras. Tecnicamente, em uma propriedade foi constatada a presença da “ferrugem asiática”, uma praga que atinge as lavouras de soja. Os técnicos do Idaf acreditam que esteja havendo uma subnotificação do problema. Ou seja: há mais propriedades com o problema e o produtor não relata. E isso é grave.