A irregularidade das chuvas no início do ciclo 2025/26 provocou atrasos no plantio das principais culturas agrícolas do país, especialmente da soja. Segundo a Conab, a semeadura avançou de forma desigual entre as regiões, com melhores condições no Sul e dificuldades iniciais no Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
A partir da segunda quinzena do período analisado, a normalização das precipitações permitiu avanço mais consistente das lavouras. Ainda assim, especialistas alertam que os atrasos podem trazer consequências importantes, como a concentração da colheita da soja e o encurtamento da janela ideal para o plantio do milho segunda safra, o que eleva o risco de perdas de produtividade.
Na Região Norte, a irregularidade climática também afetou o ritmo dos trabalhos de campo, sobretudo em áreas mais dependentes de chuvas regulares para o preparo do solo. Estados que integram rotas logísticas do Arco Norte sentem os reflexos tanto no plantio quanto no planejamento do escoamento da produção.
No Acre, mesmo com uma agricultura de grãos ainda em escala reduzida, o clima exerce papel central sobre a produção rural como um todo. Períodos prolongados de seca ou chuvas mal distribuídas afetam diretamente culturas de subsistência, pastagens e o manejo do gado. Além disso, atrasos em outras regiões do país tendem a impactar preços e oferta de insumos que chegam ao estado, como milho, soja e farelos usados na alimentação animal.
