BR-364: Jorge Viana volta a criticar falta das “obras delegadas”

No programa “Café com Notícias”, da TV 5, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, relacionou a ausência de um trabalho articulado pelo Estado para garantir a manutenção da estrada que integra o Acre de ponta a ponta

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, voltou a criticar a falta das “obras delegadas” para garantir a manutenção da BR-364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Esse tipo de obra é um regime em que uma instituição pública responsável por aquela obra “delega” a responsabilidade a outro ente público. No caso específico da BR-364, o Dnit transfere ao Deracre a responsabilidade pelas obras.

Isso foi feito durante praticamente toda a gestão de Jorge Viana (à época não havia escritório do Dnit no estado: o Acre estava vinculado à representação em Porto Velho). “Uma estrada dessas ficar dois anos sem investimentos, simplesmente, acaba”, afirmou Viana ao jornalista Washington Aquino, apresentador do programa, lembrando o período da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Agora, tem uma programação de investimentos”, comparou.

Na sequência, a análise do ex-governador foca na atuação da bancada federal e da importância que as “obras delegadas” tiveram para a gestão dele. “Acho que também acabou uma coisa que a classe política tinha. Agora, tem 60 bilhões de reais de emendas. Por que esse pessoal não pega dois, três bilhões, juntam todos eles e põem só nas BR’s… os senadores e os deputados?”, indagou. “Isso havia na minha época em que era governador. Eu ia lá, chamava todos os senadores e deputados, todo mundo assinava e vinha dinheiro para as duas BR’s. Senão fizer isso, o dinheiro vai para outros lugares do Brasil e não tem quem lute para vir pra cá. Essa é uma das coisas que eu me ressinto hoje”.

Esse impacto da atuação da bancada federal é lembrado por Viana em função da costura política que era feita pelo Governo do Acre. A articulação era feita diretamente pelo governante.

“A classe política, cada um fica querendo botar uma emenda para ficar botando uma placa, em vez de se juntarem todos e dizerem ‘Primeiro, a gente põe o dinheiro nas BR’s e depois, cada um faz as suas emendas’. Eu sinto falta disso”, afirmou. “Eu não estou transferindo para ninguém, mas a obra não é mais delegada. O Governo do Acre não é mais executor. Eu acho um erro porque tem que estar lá brigando, senão não vem o dinheiro e outra coisa: tem que fazer acontecer. O pior já foi feito. Agora, é dar manutenção”.

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