Superintendente do MDA defende ferrovia bioceânica

Cesário Braga entende que o desafio dos governos é integrar o agricultor de base familiar ao novo desenho econômico gerado pelos grande projetos de desenvolvimento regional

Cesário Braga aponta desafio de inserir o agricultor de base familiar nos grandes projetos de desenvolvimento regionais. (Foto: Iago Nascimento)

O superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Acre, Cesário Braga, defendeu a obra da ferrovia bioceânica. “Fazer a interligação entre quem produz com quem consome é um dos primeiros desafios que tem que estar na ordem do dia. Essa ferrovia é importantíssima”, afirmou.

A fala do superintendente dialoga com a ideia de que a Ásia será o grande centro de demanda de alimentos no mundo, com os dois países mais populosos do mundo, a Índia e a China. O argumento de Cesário Braga está amparado neste fato. No entanto, o que ele pondera é que o desafio é inserir o agricultor de base familiar nessa equação econômica de interessa do grande capital.

“O Brasil sempre utilizou a Amazônia como se fosse um depósito de riqueza. Só que essa riqueza sempre serviu para o crescimento da região Sudeste e Sul”, afirmou. “Na verdade, o Brasil cresce [economicamente] no litoral. As riquezas vão sendo levadas do centro do Brasil sempre para o litoral. Essa ferrovia mudaria essa lógica, já que trinta por cento das exportações brasileiras vão para a Ásia”.

Mas há problemas mais estruturantes que Cesário Braga relembra. “Isso do ponto de vista macro. Porque há situações que precisam ser revistas urgentemente já que nós não conseguimos interligar o próprio Acre”, pondera. “Às vezes, fazemos o debate nacional, que é importante, mas, muitas vezes, esquecemos de fazer o dever de casa”.

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