União Europeia adia rastreabilidade de gado bovino

O que ainda estava no plano teórico, agora passou para decisão concreta. A obrigatoriedade foi adiada para 30 de dezembro de 2026, com uma margem adicional de mais seis meses para os micro e pequenos operadores

Rebanho bovino no Acre: rastreabilidade será obrigatória até 2032 e ameaça excluir pequenos produtores sem regularização fundiária. Foto: Marcus Mesquita/Divulgação

A presidência do Conselho e os representantes do Parlamento Europeu decidiram adiar efetivamente o início da rastreabilidade bovina para 30 de dezembro de 2026. Essa data é referência para os grandes operadores da pecuária. Para os pequenos, haverá uma margem de seis meses adicionais.

Os pequenos importadores (europeus) não precisarão nesse período declarar geolocalização de produtos, podendo indicar somente o CEP do endereço do local de produção.

Um acordo em relação ao texto deve ser votado em breve para mudar o Regulamento Anti Desflorestamento da União Europeia (EUDR). É esse regulamento o grande conjunto de regras temido e criticado por pecuaristas. Foi lembrado pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre, Assuero Veronez, em recente declaração do site ac24agro, quando ele avaliou o adiamento da rastreabilidade bovina formalizado pelo Governo do Pará.

“É claro que a Europa impõe algumas condições nesses produtos vindos da Amazônia e isso está embutido (sic) nessa pressão europeia que ficou fragilizada nos últimos meses”, disse Veronez, semana passada, já antecipando a decisão da presidência do Conselho.

Essa decisão ocorre praticamente ao mesmo tempo em que o Governo Federal adia a Cúpula do Mercosul para janeiro do ano que vem, mantendo a assinatura do acordo UE-Mercosul para dia 20 de dezembro, em Brasília.

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