Hortaliças têm alta de preços nos mercados de Rio Branco em outubro, enquanto frutas mantêm estabilidade

Batata, cebola e tomate puxam o aumento nas hortaliças, enquanto itens como melancia e banana registram menor variação e seguem com oferta regular na capital acreana.

Governo do estado e prefeituras poderiam ajudar a monitorar os preços. Com mais informação sobre cenário da inflação, consumidor decide melhor. (Foto: ac24horas)

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicou o Boletim Hortigranjeiro nº 11, referente ao mês de novembro, trazendo uma análise detalhada sobre o comportamento dos preços das principais frutas e hortaliças comercializadas no país. Rio Branco aparece como um dos 11 entrepostos públicos que compõem a base nacional do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort). Os dados da Ceasa Rio Branco são utilizados para calcular as médias nacionais e compreender a dinâmica de oferta, demanda e preços no mercado brasileiro.

As informações levantadas na capital acreana ajudam a compor o conjunto de preços médios de alface, batata, cebola, cenoura, tomate, banana, laranja, maçã, mamão e melancia, produtos que têm grande peso no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No mês analisado, o movimento de preços das hortaliças não foi uniforme. A alface apresentou queda, a cenoura permaneceu estável e a batata, a cebola e o tomate registraram aumento. A tendência nacional, por consequência, também leva em consideração o comportamento do mercado atacadista em Rio Branco.

No caso das frutas, o boletim destaca itens de grande consumo no Acre, como banana, mamão, laranja e melancia. A inclusão da Ceasa Rio Branco na coleta nacional é importante porque o Acre possui características específicas de abastecimento, marcadas pela distância dos grandes centros produtores e pela forte dependência logística. Assim, o comportamento dos preços locais influencia diretamente a média ponderada nacional utilizada pela Conab.

A coleta dos dados em Rio Branco segue o mesmo padrão técnico adotado em todas as Ceasas do país. As equipes registram, diariamente ou nos dias de maior movimento, o preço praticado para cada variedade e a quantidade ofertada. As informações são tabuladas pelo entreposto acreano e enviadas à Conab, que valida e incorpora os dados ao sistema do Prohort. Esse processo permite a construção da maior base de informações hortigranjeiras do Brasil, reunindo mais de 117 frutas e 123 hortaliças, incluindo suas variedades.

Além dos preços, o boletim deste mês também discute a importância das Centrais de Abastecimento como solução logística para garantir produtos frescos à população. Nesse contexto, a Ceasa Rio Branco desempenha papel fundamental ao funcionar como um hub regional de recebimento, triagem e distribuição de frutas e verduras que abastecem mercados, restaurantes, feiras e sacolões da capital.

A participação do Acre no Prohort também será relevante para o novo diagnóstico das Ceasas brasileiras, que está sendo elaborado pela Conab em parceria com a Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen). O estudo, previsto para ser publicado em 2026, vai caracterizar oficialmente os modelos de abastecimento existentes no país — atacado, varejo e atacarejo — e indicar caminhos para modernização. A Ceasa Rio Branco será incluída nesse processo, que pode apoiar melhorias na gestão, infraestrutura e operação do mercado hortigranjeiro local.

Com a integração do Acre ao sistema nacional de monitoramento, o boletim reforça que os preços praticados em Rio Branco possuem relevância estatística e ajudam a compreender o comportamento dos principais produtos consumidos pela população, como tomate, banana, cebola, alface, cenoura e melancia. Para os consumidores e para o setor produtivo, isso representa maior transparência e previsibilidade na formação de preços, além de fortalecer o papel da Ceasa Rio Branco dentro da cadeia de abastecimento de frutas e hortaliças do país.

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