O secretário de Estado de Educação, Aberson Carvalho, informou que o Estado do Acre aplica R$ 160 milhões em Transporte Escolar por ano. O recurso garante o trânsito de alunos para mais de 600 escolas, sejas nas áreas rurais ou florestais. Para essa ação, o MEC envia ao Acre a quantia anual de R$ 4 milhões.
A diferença oferece medida para que se perceba como a política educacional pensada em Brasília está dissociada da realidade nos estados. A informação foi apresentada pelo secretário durante entrevista no programa agro24cast deste domingo.
O administrador lembra que o MEC ignora o “Fator Amazônia” na hora de planejar o Orçamento Anual da Educação. Sem levar em conta as características de cada região, o MEC acaba executando um desequilíbrio em favor de Estados onde já há capital instalado satisfatoriamente em infraestrutura.
Outro exemplo detalhado pelo gestor foi o da Educação Indígena. O Acre foi contemplado com a construção de duas escolas indígenas no PAC da Educação. R$ 9 milhões cada uma. Na avaliação da SEE, é uma forma equivocada de investir no setor.
“Me dê 18 milhões e eu faço 40 escolas indígenas”, desafiou Carvalho. “Eu já fui a Brasília, levei projetos para o ministro Camilo, mostrando que o recurso poderia viabilizar a construção de escolas mais modestas em mais comunidades. Mas ainda não tive retorno”.
