Um dos primeiros produtores de café do Vale do Juruá, o agricultor Francisco Romualdo, de Mâncio Lima, é testemunha viva da transformação da cafeicultura acreana. Ele começou a plantar café em um período em que poucos acreditavam no potencial da cultura na região, enfrentando as dificuldades típicas do isolamento, da falta de assistência técnica e do desconhecimento sobre o manejo adequado do cultivo. Hoje, com mais de uma década de experiência, Romualdo observa um cenário promissor, marcado pelo fortalecimento da produção e pela valorização do produtor rural.
Segundo ele, o crescimento do setor é resultado direto do esforço das famílias que vivem no campo. “O grande trabalho do café no Acre é graças ao produtor familiar. São eles que trazem riqueza ao café”, afirma. O produtor destaca que a cafeicultura se tornou uma das principais fontes de renda para as famílias rurais da região. “O café é quem coloca dinheiro na conta do agricultor familiar, é o café que paga o carro novo, compra a TV nova. É o café que muda a vida do produtor”, completa.
Para Romualdo, o momento atual representa o amadurecimento de um ciclo que começou com poucos e hoje envolve centenas de agricultores, técnicos e instituições que acreditam no potencial do café acreano. Ele ressalta que a expansão da produção e a melhoria na qualidade dos grãos abriram novas perspectivas de mercado, inclusive com interesse de compradores nacionais e internacionais.
O produtor acredita que o Acre vive uma nova fase na agricultura, impulsionada por políticas públicas, capacitação técnica e pela dedicação dos agricultores. “Antes a gente trabalhava com incerteza, sem saber se o café ia vingar. Hoje a gente vê o resultado, vê o reconhecimento. O café do Acre tem nome, tem qualidade e tem história”, destaca Romualdo.
