Depois de meses de estiagem, os piscicultores acreanos veem os açudes e viveiros voltarem a se encher com as primeiras chuvas do fim de outubro. Essa mudança climática marca o início de um novo ciclo produtivo e o momento de preparo das estruturas para o reabastecimento de alevinos.
Durante o período seco, muitos produtores realizam a limpeza e a correção do solo dos tanques, enquanto outros aproveitam para comercializar o peixe já em ponto de abate. Agora, com o retorno da umidade, é hora de renovar a água, ajustar o pH e planejar o povoamento dos viveiros para garantir boa produtividade nos próximos meses.
As espécies mais cultivadas continuam sendo o tambaqui, pirapitinga e pintado, peixes que se adaptam bem às condições amazônicas. As chuvas favorecem o equilíbrio térmico da água e o aumento do oxigênio, melhorando o desenvolvimento dos peixes e reduzindo a necessidade de equipamentos de aeração.
A piscicultura segue como uma das principais alternativas de renda da agricultura familiar no Acre, especialmente nos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Senador Guiomard. O setor tem recebido apoio técnico e incentivo do governo e das prefeituras, com foco no aumento da produção e na regularização ambiental dos criadouros.
