O provador profissional Janderson Dalazen, um dos jurados da 3ª edição do Concurso QualiCafé Acre, destacou o alto padrão de qualidade dos cafés apresentados nesta edição. Segundo ele, o evento marcou um momento histórico para a cafeicultura do estado, revelando produtos com características sensoriais surpreendentes e histórias que agregam valor à produção local.
“Essa cerimônia é um momento histórico para o Acre. Tivemos cafés fantásticos sendo evidenciados aqui. Participei como provador profissional, junto com outros três avaliadores de fora do estado, garantindo total isonomia no processo. As provas foram feitas às cegas, seguindo protocolos internacionais de avaliação de café, analisando atributos como sabor, aroma, acidez, doçura e corpo. E posso dizer que os cafés do Acre surpreenderam a todos — apresentaram notas fantásticas”, afirmou Dalazen.
O jurado ressaltou que o nível técnico dos cafés foi tão alto que praticamente não houve amostras com defeitos, algo raro até mesmo em concursos nacionais.
“Para nossa surpresa, quase não tivemos cafés com defeitos. Cerca de 90% das amostras eram cafés especiais, de nível altíssimo. Isso é algo incomum em competições de qualidade. Tivemos cafés bons e cafés excelentes. O que falta agora é mais participação, mais produtores se motivando a enviar amostras, porque todo o estado ganha com isso”, comentou.
Dalazen também falou sobre a responsabilidade de avaliar e escolher os melhores cafés do Acre, reforçando o caráter técnico e imparcial do processo.
“É uma grande responsabilidade, mas também um trabalho totalmente técnico. Todos os provadores seguem o mesmo protocolo e as notas são muito próximas, porque a avaliação é criteriosa. O que vale ali é o que o café entrega na xícara — independente do produtor ou da região. Tenho a sensação de dever cumprido por ter colaborado com esse momento e fico muito feliz em ver o Acre se destacando com cafés de tanta qualidade”, concluiu.
