Tomate registra queda no atacado e exportações de hortifruti crescem 28% em 2025

Boletim da Conab aponta redução nos preços de diversos produtos e alta no volume exportado

Os preços do tomate no atacado mantiveram tendência de queda nos primeiros 15 dias de setembro, dando continuidade ao movimento observado em agosto. Segundo o 9º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as cotações do produto em agosto apresentaram recuo médio de 19,86% em relação a julho, mesmo com oferta inferior ao mês anterior.

Além do tomate, outros itens da cesta hortifrúti também registraram redução nos preços. A cebola caiu 10,5% na média ponderada, reflexo da oferta e da menor demanda, com destaque para a Ceasa de Vitória, que apresentou a maior variação. A batata teve recuo de 6,55% em relação a julho, mas segue com diferença de 53,62% em comparação ao mesmo período de 2024. Já a alface apresentou queda média de 8,77%, com redução expressiva de 30,8% na Ceasa de Recife.

Em contrapartida, alguns produtos registraram elevação nos preços. A cenoura subiu 19,92% na média ponderada, influenciada pela menor oferta, com redução de 10% nos envios de São Paulo e Minas Gerais. Entre as frutas, o mamão caiu 16,34% e a laranja 2,07%, apesar de variações positivas em algumas centrais. Já a maçã teve alta de 2,58%, a banana subiu 5,94% e a melancia apresentou o maior avanço, com aumento de 20,59%, impactada por fatores como menor produção, condições climáticas e atraso na colheita.

No setor externo, o boletim mostra que, entre janeiro e agosto de 2025, o Brasil exportou 713,01 mil toneladas de hortifrúti, volume 28% maior em relação ao mesmo período de 2024. O faturamento alcançou US$ 841,41 milhões, um crescimento de 15%. As boas vendas para Europa e Ásia impulsionaram os resultados, embora as tarifas impostas pelos Estados Unidos tenham limitado a comercialização de alguns produtos, como manga e uva.

Compartilhar esta notícia
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile