As obras em andamento no Mercado Elias Mansour, em Rio Branco, têm gerado preocupação entre os feirantes que atuam no espaço. Com a movimentação de máquinas, tapumes e acessos restritos, o fluxo de clientes diminuiu consideravelmente, prejudicando as vendas e colocando em risco a renda de quem depende diretamente do comércio no local.
Francisco Souza, que há mais de 15 anos trabalha como feirante no Elias Mansour, relata que os prejuízos são visíveis no dia a dia. “Antes a gente vendia rápido, tinha saída para tudo. Agora o cliente até chega a olhar, mas a dificuldade de acesso e a confusão da obra fazem muita gente desistir de vir aqui”, desabafa.
Segundo ele, produtos como frutas, verduras e hortaliças acabam não tendo saída e, muitas vezes, estragam antes de serem vendidos. Para os pequenos comerciantes, que compram a mercadoria de produtores locais quase todos os dias, a queda nas vendas representa prejuízo imediato e acúmulo de dívidas.
A situação é ainda mais delicada porque o Elias Mansour é um dos principais pontos de abastecimento da população, especialmente de produtos regionais, e também fonte de sustento para dezenas de famílias. Enquanto aguardam a conclusão das obras, feirantes como Francisco pedem alternativas da prefeitura para minimizar os impactos, como campanhas de incentivo ao consumo local e medidas que facilitem o acesso dos clientes ao mercado.