A avicultura no Acre ainda é fortemente marcada pela criação de galinhas, seja para corte, postura ou caipira. No entanto, produtores locais começam a olhar com interesse para espécies menos exploradas, como patos e gansos. Essas aves, conhecidas pela rusticidade e pela capacidade de adaptação a diferentes ambientes, podem representar uma nova frente de diversificação para a agricultura familiar e para empreendimentos de maior porte no estado.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2024, as exportações de carne de pato e outras aves brasileiras alcançaram 47 mercados internacionais, mostrando que há demanda crescente por esses produtos. Embora a cadeia produtiva ainda seja incipiente no Acre, o estado reúne condições naturais favoráveis, como abundância de áreas alagadas e de várzea, além de propriedades com perfil agroextrativista que poderiam integrar a criação dessas aves em sistemas diversificados.
A adoção de patos e gansos no plantel acreano poderia atender tanto ao mercado interno — valorizando a produção local em feiras e restaurantes — quanto abrir perspectivas para o futuro, caso surjam iniciativas de processamento e exportação. Além disso, são aves com manejo relativamente simples, resistentes e que podem contribuir no controle de pragas, como insetos e ervas daninhas, fortalecendo o caráter sustentável da produção rural no Acre.
