Fungo da murcha de Fusarium ameaça sobrevivência da banana no mundo

Sem cura conhecida, fungo ameaça a permanência da banana nas mesas e no mercado global.

Parte da produção de banana de uma família de agricultores pode se estragar por falta de condições de escoamento na região da Transacreana

“A gente está lutando com um tanque de guerra”. É assim que o pesquisador Edson Perito, da Embrapa, define o desafio de combater o fungo causador da murcha de Fusarium, considerada a maior ameaça global à bananicultura. A comparação não é exagero: o microrganismo tem capacidade de destruir uma lavoura inteira em apenas três a quatro anos e, uma vez estabelecido no solo, pode permanecer ativo por décadas, inviabilizando o cultivo no mesmo local.

O problema é ainda mais grave porque a banana é uma das frutas mais consumidas no planeta e representa fonte de renda e alimento para milhões de famílias, especialmente em países tropicais. No Brasil, que está entre os maiores produtores mundiais, a ameaça exige atenção redobrada.

De acordo com especialistas, não existem fungicidas eficazes para erradicar a doença. As estratégias atuais passam pelo uso de mudas certificadas e livres do patógeno, além da adoção de boas práticas agrícolas para reduzir os riscos de contaminação. Pesquisas também avançam no desenvolvimento de variedades resistentes ao Fusarium, mas esse é um processo demorado e complexo, já que envolve cruzamentos, biotecnologia e adaptação às condições de solo e clima.

Enquanto isso, produtores, técnicos e pesquisadores trabalham em conjunto para adotar medidas preventivas e conter a expansão do fungo. O esforço é fundamental para evitar que a murcha de Fusarium se espalhe de forma incontrolável e coloque em risco a permanência da banana nas mesas dos brasileiros e no mercado internacional.

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