Inteligência artificial ajuda a medir estresse do tambaqui

Ferramenta criada por pesquisadores da Unesp em parceria com a Embrapa usa inteligência artificial para monitorar estresse do tambaqui e pode revolucionar a piscicultura brasileira.

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Jaboticabal (SP), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desenvolveram uma ferramenta de inteligência artificial inédita para avaliar o estresse do tambaqui, peixe nativo mais produzido no Brasil. O estudo, publicado na revista científica Aquaculture, abre caminho para inovações no manejo da piscicultura nacional.

A tecnologia utiliza modelos de aprendizado de máquina para identificar, a partir de dados fisiológicos e ambientais, o nível de estresse dos peixes em diferentes condições de cultivo. Isso pode auxiliar não apenas no aumento do bem-estar animal, mas também na seleção de exemplares mais resistentes às variações de temperatura, oxigênio e densidade populacional — fatores críticos para a produção em larga escala.

O tambaqui, espécie amazônica, é cultivado principalmente na região Norte e coloca o Brasil como líder mundial na produção, com 110 mil toneladas em 2022. Segundo os pesquisadores, o uso da inteligência artificial no agro pode transformar a piscicultura ao oferecer ferramentas de monitoramento mais precisas, reduzir perdas e ampliar a produtividade de forma sustentável.

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