Cafeicultores do Ramal Granada têm produtividade de 96 sacas de 60Kg/ha/ano

A rentabilidade também foi acima da média, apesar dos gargalos com acesso ao crédito, infraestrutura e tecnologia associada à cadeia produtiva

A Embrapa realizou um estudo com produtores do Ramal Granada, em Acrelândia. O resultado surpreende. A produtividade média é de 96 sacas de 60Kg/ha/ano. Houve picos de produção que chegaram a 130 sacas/ha/ano. O custo médio de produção foi de R$ 51,9 mil enquanto a Receita Média Anual foi de R$ 131,7 mil.

Para se chegar a esses números, estabeleceu-se o seguinte padrão entre os produtores: espaçamento entre plantas de 3m X 1m; pacote tecnológico com adução, aplicação de defensivos, irrigação e fertirrigação; mão de obra: R$ 120,00 a R$ 150,00/dia (aplicação de defensivos); preço da saca do café cotado a R$ 1.380,00/saco 60kg (70% – R$ 1.200,00 / 30% – R$ 1.800,00 por saca 60 kg), com taxa de juros referencial a 6 % ao ano. O uso de clones 25, 08, LB010, R 22, AS2, LB015 e 88, com colheita terceirizada e a secagem e o beneficiamento também terceirizados.

A Embrapa reconhece a importância de iniciativas como a da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial com a construção do Complexo Industrial do Café do Juruá em um processo de parceria com a Coopercafé Juruá.

No entanto, no episódio registrado no Ramal Granada, os pesquisadores encontraram os seguintes gargalos no processo produtivo.

Café Robusta no Acre hoje

1.Infraestrutura precária de transporte e logística: A dificuldade de escoar a  produção devido às limitações de transporte na região impacta a competitividade do café clonal;

2.Acesso restrito a financiamento e crédito: Muitos produtores enfrentam dificuldades para obter recursos financeiros para investir em melhorias tecnológicas, infraestrutura, regularização fundiárias e manejo adequado;

3.Nível de organização da cadeia produtiva: A ausência de associações ou cooperativas fortes prejudica a negociação, acesso a mercados e a implementação de políticas de incentivo;

4.Questões ambientais e de sustentabilidade: A presença de áreas de desmatamento, uso indevido de recursos naturais e a falta de práticas sustentáveis podem comprometer a produção a longo prazo;

5.Infraestrutura de comercialização e mercado: A falta de canais de comercialização bem estruturados limita o acesso dos produtores a mercados mais remuneradores e a certificações de qualidade.

A pesquisa exige detalhamento a ser refinado em uma próxima edição.

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