A criação de codornas, também conhecida como coturnicultura, começa a ganhar espaço no Acre como uma atividade promissora para produtores rurais que buscam diversificação da renda com baixo custo inicial e retorno em curto prazo. Embora ainda discreta se comparada a outras cadeias produtivas, a criação de codornas se apresenta como uma alternativa viável, especialmente para agricultores familiares e pequenos criadores da zona rural.
Em estados como o Espírito Santo, a atividade já é consolidada. De acordo com dados do governo capixaba, somente nos cinco primeiros meses de 2025, foram exportadas 1,6 mil toneladas de ovos de codorna, movimentando US$ 3,6 milhões. O desempenho mostra o potencial do setor e serve como inspiração para outras regiões do país, incluindo a Amazônia Ocidental.
No Acre, iniciativas isoladas já demonstram que é possível obter bons resultados mesmo em pequena escala. O rápido ciclo reprodutivo da codorna — que começa a postura com cerca de 40 dias de vida — permite uma produção constante de ovos, com boa aceitação no mercado local. Além dos ovos, a carne da codorna também tem valor comercial e pode atender a nichos específicos de consumidores e restaurantes.
Outro ponto positivo é que a coturnicultura exige pouco espaço, podendo ser desenvolvida em galpões simples, com manejo relativamente fácil e boa relação custo-benefício. Com apoio técnico e incentivos adequados, a cadeia pode se desenvolver no estado e se tornar mais um pilar da agricultura familiar acreana.
A ampliação da atividade no Acre depende, porém, de políticas públicas de fomento, capacitação técnica e acesso a mercados. Em um contexto de busca por alternativas sustentáveis e lucrativas, a criação de codornas pode ser uma aposta estratégica para o fortalecimento da produção rural no estado.