A Cooperacre tem dúvidas em relação à saída da castanha da lista do tarifaço do governo norte-americano. A comemoração foi parcial porque não ficou claro se a amêndoa foi excluída do tarifaço com ou sem a casca. E isso faz muita diferença. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) foi acionada para que intermediasse uma solução junto ao governo dos Estados Unidos.
No documento oficial, a identidade fiscal da amêndoa diz “Castanha do Brasil com casca, fresca ou seca”. Não está claro se é “com casca” ou “sem casca”.
O superintendente da Cooperacre, Manoel Monteiro, avalia o cenário. “No caso da castanha, pra nós é uma notícia muito boa, mas não cem por cento. Porque a identidade fiscal descrita na relação dos produtos isentos do tarifaço foi a castanha com casca. É tanto que a comunidade da castanha no Brasil, as empresas que trabalham com castanha, já escreveram uma carta para a Apex para que possa verificar essa questão para que possa incluir a identidade fiscal da castanha sem casca, da castanha desidratada nessa lista”.
A Associação Brasileira dos Castanheiros, entidade que reúne todas as indústrias que beneficiam a amêndoa no Brasil, enviou o documento para a Apex. A partir da resposta da agência é que a Cooperacre pode reforçar o planejamento visando a comercialização de 2026, já que a safra de 2025 foi baixa e a cooperativa priorizou o abastecimento do mercado interno.
O superintendente da Cooperacre, Manoel Monteiro, lembra que, de uma maneira indireta, a sobretaxa do governo norte-americano acaba prejudicando o produtor acreano, mesmo em outras cadeias produtivas que não seja especificamente a da castanha. Ele lembrou que, além do beneficiamento da amêndoa, a Cooperacre também atua no beneficiamento de polpa de frutas e, em 2026, entra também na cadeia produtiva do café.