O pecuarista Josias Pessoa conversou com a reportagem do ac24horas nesta terça-feira (29), durante a 50ª edição da Expoacre, e falou sobre os touros de sua propriedade que participam do rodeio na maior feira agropecuária do estado.
Segundo ele, três animais foram levados para a arena este ano: Corrompido, Explosivo e Máscara. Embora o touro Corrompido não tenha se apresentado na noite desta terça por um erro de troca na escala de participação, Josias garantiu que os animais são tratados com todo o cuidado e profissionalismo.
“Esse animal é o Corrompido. É um dos meus touros que mais se destaca. Hoje ele não vai pular porque veio um animal trocado, mas todos os nossos touros são bem tratados. São atletas. A gente cuida mesmo deles, com todo o zelo”, explicou.
O pecuarista também explicou como é feito o processo de seleção dos touros para rodeio, ressaltando que, no Acre, ainda não há uma genética consolidada voltada para o pulo. “A gente faz o trabalho na fazenda mesmo. Começa testando os animais pequenos com o uso de robôs de treino e, com o tempo, eles vão se tornando atletas profissionais. Alguns já têm vocação natural para o pulo. A gente vai treinando até que estejam prontos para entrar na arena”, detalhou.
A carreira de um touro de rodeio costuma durar entre quatro a cinco anos. Depois disso, os animais são aposentados. “Quando se aposentam, voltam para o pasto com as vacas, vivem normalmente até o fim da vida. A gente tem respeito pelo animal, pelo que ele entregou”, disse.
Apesar do investimento alto, Josias afirma que a principal motivação de quem trabalha com touros de rodeio não é o retorno financeiro, mas sim a paixão pela atividade.
“A verdade é que o retorno financeiro não é muito. Isso é paixão. É um hobby. Mas há touros aqui que valem entre R$ 100 mil e R$ 150 mil, ou até mais. São animais caros, bem tratados, bem selecionados, atletas mesmo”, destacou.
Ao ser questionado sobre o temperamento dos animais, o pecuarista disse que os touros são dóceis fora da arena, mas treinados para desempenhar com vigor nas montarias. “São dóceis, a gente pega na mão, cuida. Mas quando abre a porteira, eles viram aquela ‘fera’. É tudo treinamento, disciplina. Eles sabem o que têm que fazer.”
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