Exportações para China caem 7,5% e têm pior resultado desde 2015

Enquanto vendas recuam, importações de produtos chineses disparam 22% e atingem valor recorde para o período

Exportações brasileiras somaram US$ 77,3 bilhões no 1º trimestre de 2025, com leve retração em relação a 2024.

O Brasil registrou uma queda significativa nas exportações para a China no primeiro semestre de 2025. Segundo dados divulgados pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), as vendas somaram US$ 47,7 bilhões entre janeiro e junho, o que representa uma retração de 7,5% em relação ao mesmo período de 2024. É o pior resultado desde 2015, quando o país ainda enfrentava os efeitos da crise econômica global iniciada anos antes.

O recuo nas exportações ocorre em um momento de desaquecimento da demanda chinesa por commodities, especialmente minério de ferro e petróleo bruto, dois dos principais produtos da pauta exportadora brasileira. Além disso, os preços internacionais desses itens também caíram em relação ao ano passado, o que impactou diretamente a receita das exportações brasileiras.

Por outro lado, as importações de produtos chineses pelo Brasil cresceram 22% no mesmo período, totalizando US$ 35,7 bilhões — um recorde para o primeiro semestre. O aumento reflete uma demanda mais forte por bens industrializados, eletrônicos, maquinário e insumos químicos. Segundo o CEBC, essa disparidade entre exportações e importações acende um alerta sobre o aprofundamento do déficit na balança comercial bilateral.

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