Preço mínimo da macaxeira sobe 12,5% na Região Norte para a safra 2025/2026

Medida do CMN valoriza cadeia produtiva e dá mais segurança a agricultores familiares da Amazônia

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma atualização nos valores da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para a safra 2025/2026. Na Região Norte, o principal destaque é o reajuste de 12,5% no preço mínimo da mandioca, contemplando tanto a raiz in natura quanto os derivados processados, como a farinha e a fécula. A medida foi definida com base em estudos técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O novo valor passa a vigorar gradualmente a partir de julho de 2025, com validade prevista até meados de 2027, a depender dos arranjos produtivos locais e da vigência do plano vigente da PGPM. A medida é vista como um alívio para produtores da Amazônia Legal, especialmente os agricultores familiares que têm na mandioca uma das principais fontes de renda e segurança alimentar.

Segundo a Conab, o reajuste busca refletir os custos atualizados de produção, transporte e beneficiamento enfrentados pelos agricultores da região, que vêm sendo pressionados pelo aumento dos insumos, da energia e da logística rural. “A valorização da mandioca é um reconhecimento do papel social e econômico dessa cultura para o Norte do país”, destacou a companhia em nota.

Além da raiz, o reajuste se estende à farinha de mandioca e à fécula, produtos com forte demanda regional e que têm crescido em escala comercial. Em estados como Acre, Amazonas e Pará, a cadeia da mandioca é uma das mais consolidadas entre os pequenos e médios produtores.

Garantia de renda e estímulo à produção

A Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) tem como objetivo assegurar uma remuneração mínima ao produtor rural, funcionando como um colchão de proteção em momentos de baixa nos preços de mercado. Quando os valores de venda ficam abaixo do mínimo fixado, o governo pode, por meio da Conab, oferecer mecanismos compensatórios, como Aquisições do Governo Federal (AGF) ou Prêmios Equalizadores.

Com a elevação do preço mínimo da mandioca, o governo espera também incentivar o fortalecimento da agroindústria regional e a verticalização da cadeia produtiva. A expectativa é que, com mais estabilidade de renda, os produtores invistam em melhoria da produtividade e qualidade dos produtos.

A medida também pode colaborar para a segurança alimentar nas comunidades amazônicas, onde a mandioca é base da dieta e insumo essencial na produção de alimentos tradicionais como o beiju, a farinha d’água, o tucupi e o tapioca.

Outros produtos

Além da mandioca, o CMN também atualizou os preços mínimos de culturas como milho, arroz e feijão em outras regiões do país. No entanto, o reajuste da mandioca na Região Norte foi o que apresentou maior percentual de correção.

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