A Defesa Civil de Rio Branco tem dois planos de contingência em andamento. O Plano de Isolamento Hídrico e o Plano de Combate às Queimadas. Entre 28 mil a 30 mil pessoas em mais de 70 comunidades agrícolas e ribeirinhas são assistidas com a distribuição de água. A situação é classificada como grave. Em muitas áreas vistoriadas pela Defesa Civil de Rio Branco, açudes e poços já secaram. Na segunda-feira (7), iniciará a Operação Estiagem.
“Nós estamos no terceiro pior nível de toda a história. Estamos perdendo para 2016 e 2024, quando foi registrada a pior seca de toda a história”, alerta o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, Cláudio Falcão. “Em relação ao nível do Rio Acre, nós estamos abaixo de 2023. Sendo que 2023 foi o segundo recorde de nível baixo do rio, que foi de um metro e vinte e cinco”.
Pelo monitoramento das imagens de satélite que a Defesa Civil realiza, Falcão acredita que o que pode acontecer é que “se aproxime dessas marcas históricas”, sugerindo que a estiagem pode ser severa, mas não fique abaixo dos referenciais. “Mesmo que a gente fique acima dessas marcas, não significa que nós ficaremos em uma situação boa. Pelo contrário”.
Desde o dia 8 de abril, a Defesa Civil de Rio Branco realiza distribuição de cestas básicas para garantir a segurança alimentar. Essa ação é específica para agricultores de base familiar. Essa ação de distribuição de alimentos é feita com apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do Governo Federal. Serão entregues, de abril e julho, 96 toneladas de alimentos. A Operação Estiagem também prevê a doação de alimentos para os agricultores de base familiar e ribeirinhos.
Na Operação Estiagem, está prevista a doação de vestimentas. Essa é uma parceria da Defesa Civil de Rio Branco com a Receita Federal. As roupas e calçados apreendidos são cedidos à Defesa Civil para serem doados às famílias de agricultores que estão sem acesso à água para consumo e para produzir.