Raimunda Antunes, a primeira cafeicultora de Mâncio Lima

Moradora da comunidade Guarani, no Ramal dos Caetanos, ela foi uma das primeiras a acreditar na cooperativa e hoje vê o sonho concretizado com geração de emprego, renda e produto de qualidade

Raimunda lembra das dificuldades de ter sido pioneira no plantio de café na região. (Foto: Luiz Eduardo)

A produtora rural Raimunda Antunes vive um momento histórico. Pioneira no cultivo de café em Mâncio Lima, no Vale do Juruá, ela celebrou com emoção a inauguração do complexo agroindustrial da cooperativa de café, que marca uma nova fase para a agricultura familiar na região.

“Hoje é um momento de muita alegria para cada um de nós, produtores rurais. Em 2021, nós começamos a discutir esse projeto da cooperativa, sonhando alto com uma estrutura que atendesse de verdade nossos desejos. E hoje estamos concretizando esse sonho. Antes, a gente secava o café numa lona. Se chovia, era um desespero. Agora, com o complexo, trazemos direto para a cooperativa, onde ele já é seco e embalado para o mercado. Facilitou muito a nossa vida”, disse.

Moradora da comunidade Guarani, no Ramal dos Caetanos, Raimunda é exemplo de persistência e coragem. Ela destacou que, além de melhorar a produção, a cooperativa também está gerando emprego e renda para outras famílias da região. “Nem imaginávamos o quanto poderíamos contribuir com a sociedade. Hoje temos pessoas empregadas, renda circulando. Isso fortalece nossa economia e dá sustentabilidade ao nosso trabalho”, afirmou.

Sobre o futuro, Raimunda acredita que a cafeicultura em Mâncio Lima tem muito a crescer. “Espero que nosso exemplo incentive outros produtores a seguir por esse caminho. Não temos medo da competitividade. Hoje, com essa estrutura, estamos preparados. O produto que sai daqui tem qualidade para disputar qualquer mercado.”

Ela também fez questão de ressaltar o papel da mulher no campo, especialmente na produção de café. “Quando pensei em plantar café, pensei: será que vou dar conta? Nós, mulheres, temos os afazeres da casa, das crianças, da família… Mas não me apeguei a esse pensamento. Corri atrás. Hoje, me organizo e toda a família está engajada. Tenho orgulho de ser mulher e produtora rural.”

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