Campo Futuro chega ao Acre em momento delicado para a pecuária de corte

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural ensinam administração básica da cadeia de produção

Projeto Campo Futuro leva capacitação sobre custos aos pecuaristas acreanos

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) iniciam nesta segunda-feira (2) uma série de orientações sobre conceitos básicos da administração por meio do projeto Campo Futuro.

Margem líquida, Margem bruta, Custo Operacional Total, Depreciação, Investimento, Custo de Produção são ideias que muitos produtores manejam na rotina. Mas o fato de os produtores não terem a cultura do planejamento e de não obedecerem a métodos de avaliação sistemática pode trazer prejuízos no médio e longo prazos.

As agendas da CNA/Senar começam nesta segunda (2) pela cidade de Cruzeiro do Sul apresentando aos produtores conceitos para aplicação no ciclo completo da produção bovina. Na terça-feira (3), as orientações serão oferecidas em Sena Madureira. Acontecem na sede do Sindicato Rural de Sena Madureira e serão focadas nos custos de produção de pecuária de cria.

Na quarta-feira (4), o curso sobre custo de produção voltado para o ciclo pecuário completo acontece em Rio Branco, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac). e na quinta-feira (5), a orientação chega em Xapuri voltada para a pecuária de cria. 

O projeto educacional Campo Futuro chega ao Acre em um momento de tensão entre os produtores de carne e os órgãos de fiscalização ambientais. O problema das áreas embargadas, associado à falta de regularização fundiária, coloca os produtores acreanos em uma cenário de desvantagem, comparado a outras regiões.

Ao mesmo tempo, a articulação política tem aberto mercados que podem estimular a atividade. Mas, caso não haja uma revisão de embargos e dos prazos para início efetivo da rastreabilidade, a atividade pecuária no Acre corre o risco de ter uma concentração ainda maior porque só os produtores com documentação da terra e sem embargos terão condições de oferecer o produto aos quatro frigoríficos sifados com condições de exportar.

O que garante a sobrevivência do pequeno pecuarista é o curto ciclo da pecuária de cria e a comercialização para fora do estado do Acre, além do abastecimento das fazendas locais de recria.

 

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