Governo do Acre pleiteia contrato com Infra S/A para estudo de logística

Integração com Peru e viabilidade da rota Quadrante Rondon são referenciais para elaboração do Plano Estadual de Logística e Transporte

Ricardo Brandão: estudo para subsidiar o Plano Estadual de Logística e Transporte será referencial para a política de Estado

O Governo do Acre formula o Plano Estadual de Logística e Transporte. De tudo o que já se debateu sobre o assunto até agora, nada estava fundamentado em um documento, com base em evidências geográficas. O Estado do Acre, ainda este ano, terá esse referencial documentado. E quem fará esse estudo já tem experiência na Amazônia.

O Governo do Estado do Acre está em fase de contratação da empresa pública federal Infra S/A. Ela formulou o Plano Estadual de Logística e Transporte de Rondônia. “Eles irão precificar o valor do contrato somente depois de enviarmos nosso termo de referência”, afirmou o secretário de Estado de Planejamento, Ricardo Brandão. “Acredito que até a próxima semana enviaremos e, a partir da segunda quinzena de junho, deveremos ter o valor”.

O ac24agro apurou que um estudo de logística dessa dimensão gira em torno de R$ 2 a R$ 3 milhões. A Secretaria de Estado de Planejamento já tem alguns referenciais importantes e deve pontuar para a equipe de consultores da Infra S/A. A empresa é resultado da fusão entre duas outras empresas: a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e a Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias. A Valec foi envolvida em uma série de casos de corrupção e fraudes em licitações públicas. Chegou a ser extinta.

O Plano Estadual de Logística e Transporte quer entender quais modais e a dimensão de cada um deles para os próximos anos, integrando a Amazônia e o Peru. É um documento que cria uma política de Estado no setor até então inexistente. E com um diferencial: não trata da elaboração de uma arquitetura em que o Acre seja observado de forma isolada.

Enquanto isso…

Enquanto o contrato formal com a empresa não é concluído, a Secretaria de Estado de Planejamento vai costurando relações institucionais estratégicas. Com a Embrapa, está sendo elaborado uma espécie de “Indicador de Manutenção de Ramais”. Trata-se de uma ferramenta que vai permitir mapear com georreferenciamento todos os ramais, com indicativo de produção e necessidade de obras de infraestrutura.

Com isso, o Estado passa a ter uma ferramenta que vai permitir tanto ao Governo quanto às prefeituras observar em quais regiões há maior necessidade de obras em infraestrutura tendo como critérios a densidade populacional ou a produção agrícola, por exemplo.

Essa ferramenta desenvolvida pela Embrapa pode ser capaz de indicar, por exemplo, que em determinada região é importante construir um silo ou uma unidade de coleta de leite porque o perfil daquela região, em um determinado raio de influência, tem produção agrícola que vai justificar aquela estrutura de armazenamento.

É uma ferramenta tão poderosa que vai ter impacto até na política. Ela será uma mecanismo que vai exigir dos prefeitos e do governador justificativas constantes que comprovem a necessidade das obras na zona rural.

A ferramenta foi apresentada na quarta-feira (21) durante reunião da Câmara da Agropecuária do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento, com quem a Seplan já estuda “a implantação de um escritório de estudos e projetos para apoiar e subsidiar com dados técnicos a implantação do Rotas da Integração Quadrante Rondon”.

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