Sindicatos rurais pedem apoio ao TCE para melhorias nos ramais do Acre

Representantes denunciam abandono de ramais, escolas deterioradas e falta de diálogo com a prefeitura e o governo estadual

Representantes sindicais durante reunião no Tribunal de Contas: pedido por investimentos urgentes em ramais, transporte e infraestrutura para garantir dignidade aos trabalhadores da zona rural. Foto: Reprodução

Representantes dos sindicatos rurais e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Acre (Fetacre) se reuniram com membros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) nesta terça-feira (23) para pedir apoio institucional frente ao cenário de abandono enfrentado por comunidades da zona rural de Rio Branco e de outros municípios acreanos.

A iniciativa busca cobrar, principalmente, investimentos em infraestrutura de ramais, transporte escolar, saúde e apoio à produção rural. Segundo Josimar Ferreira do Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Extrativistas e Assemelhados de Rio Branco (Sinpasa), a situação é crítica. “As crianças precisam empurrar carro para conseguir chegar à escola. No verão, é poeira. No inverno, é lama. A realidade é de total descaso”, denunciou.

Ainda de acordo com Josimar, a precariedade dos ramais impede a escoação da produção rural, comprometendo a renda das famílias e a segurança alimentar na Capital. “Nosso município não está produzindo porque não tem como tirar o que se planta. Sem estrada, não há produção, não há venda. A cidade perde, o trabalhador rural vive na miséria”, destacou.

Os sindicalistas acusam tanto o governo estadual quanto a prefeitura de não abrirem diálogo com as instituições representativas da agricultura familiar. “Eles não sentam com os sindicatos, não traçam metas, não têm planejamento. Já são cinco anos de gestão municipal e quase oito do governo estadual sem qualquer política de ramais que funcione de inverno a verão”, afirmou.

O pedido ao TCE busca a mediação de um plano de ação que leve em conta as reais necessidades dos produtores, com investimentos escalonados e permanentes, respeitando a realidade das comunidades rurais e garantindo dignidade aos trabalhadores.

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