Em novas projeções para 2025, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que as exportações de carne bovina da Austrália e do Brasil devem aumentar, compensando a oferta exportável mais restrita em outros mercados. A forte demanda nos principais mercados provavelmente impulsiona ambos os países a novos recordes na exportação do produto, afirma o órgão.
Os maiores ganhos são previstos para a carne de frango, devido à versatilidade e competitividade de preço em comparação com outras proteínas animais. O Brasil, maior exportador mundial, será o principal beneficiário dessa expansão comercial, apesar do aumento de apenas 1,8% nas exportações, que passarão de 5 milhões para 5,09 milhões de toneladas. A explicação para isso é que o Brasil detém 36% das exportações mundiais de carne de frango e continuará mantendo essa liderança, respondendo por mais da metade da expansão mundial do setor.
Já as exportações de carne suína do Brasil devem aumentar em 2025, mas não o suficiente para compensar a redução que deve ocorrer por parte da União Europeia e dos EUA. A demanda estagnada por parte da China provavelmente levará os principais exportadores a mudarem o foco para outros mercados, como na Ásia e na América Latina. No caso brasileiro, as exportações de carne suína devem crescer quase 8%, subindo de 1,485 milhão para 1,6 milhão de toneladas. Isso fará a participação brasileira nas exportações mundiais de carne suína aumentar de 14% para 16%.
Em relação à carne bovina, o Brasil deve ver um crescimento de mais de 4%, atingindo 3,75 milhões de toneladas exportadas, enquanto a média mundial de crescimento é de pouco mais de 0,5%. Com isso, o Brasil se mantém entre os principais beneficiários da expansão global das exportações de carnes.