Casal do Ramal Espinhara fortalece renda com venda de produtos da agricultura familiar

Com apoio limitado e dificuldades de acesso, Samara e Alifer transformam produção da zona rural em sustento para a família, comercializando de porta em porta em Rio Branco

Viver da terra exige coragem e muito trabalho. No quilômetro 14 do Ramal Espinhara, sentido Sena Madureira, a agricultora Samara e o esposo Alif mostram que é possível tirar o sustento da terra e ainda alimentar outras famílias da cidade com alimentos de qualidade.

Criados na agricultura familiar, eles produzem milho, macaxeira, pimenta, banana, melancia e ainda criam galinhas, porcos e gado. A maior parte da renda vem da venda direta de produtos em Rio Branco, geralmente feita de porta em porta ou por meio de contatos com clientes já fieis.

“A gente sempre produziu para o nosso próprio consumo, mas com o tempo as pessoas começaram a procurar pelos nossos produtos, porque sabem que são naturais e de boa qualidade”, conta Samara.

Apesar da riqueza produtiva da comunidade, os desafios são muitos: falta de mecanização, ausência de apoio do poder público e dificuldades logísticas, especialmente no período do inverno amazônico, dificultam a rotina dos produtores. “Falta incentivo. Se houvesse alguém que investisse nessa comunidade, veria o quanto ela é rica. Tem queijo, leite, farinha, peixe, café… de tudo um pouco”, desabafa a agricultora.

Mesmo com os obstáculos, o casal segue acreditando na força da roça e no valor do que produzem. “O que a gente vende serve para comprar remédio, comida, e seguir a vida. É difícil, mas é gratificante”, conclui.

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