Baixa quantidade de açaí de cultivo dificulta “mel do açaí”

Embrapa tem estudos que tratam dos benefícios do produto. Mas aqui no estado ainda são poucos os produtores com capital para investir

Mel do açaí exige planta em cultivo para poder ter escala de produção. (Foto: Ronaldo Rosa)

O açaí de cultivo exige capital para ser implementado. O extrativista não tem condições. No Acre, são raros os produtores com capital suficiente. Exceção feita ao falecido conselheiro do Tribunal de Contas do Acre José Augusto, não chega a meia dúzia o número de outros produtores que já investiram no açaí de cultivo. Somente açaizeiros em grande quantidade viabilizam a produção do mel em escala viável à comercialização.

“O mel de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.), produzido a partir da florada do açaizeiro, possui elevados níveis de compostos bioativos derivados da palmeira amazônica¨, diz a Embrapa. “Essas substâncias são reconhecidas por ter um papel importante na promoção e manutenção da saúde humana. A descoberta é resultado da análise e comparação de méis com origens em diferentes regiões do país e abre caminho para a valorização de um produto da sociobiodiversidade amazônica”.

A publicação, feita em parceria com a Universidade Federal do Pará, chegou a revistas científicas internacionais ano passado. “Para ser considerado um mel monofloral, o produto do trabalho das abelhas deve ter na sua origem a predominância de néctar da flor de uma determinada espécie vegetal. A legislação brasileira estabelece como critério para essa classificação a presença de pólen de uma única espécie superior a 45% em uma amostra de mel”, afirma a Embrapa em material de divulgação. 

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