Fruticultores planejam protesto contra Cooperacre

Produtores de Capixaba amargam prejuízos e responsabilizam cooperativas por problemas na comercialização

Frutas se estragam no campo e estocagem no limite. Cenário “travou” o comércio de frutas e cooperativas viram alvos dos produtores

Agricultores de base familiar de Capixaba se mobilizam para protestar em frente à sede da Cooperacre em Rio Branco. Eles responsabilizam as cooperativas pelos prejuízos na safra de maracujá. O município tem cerca de 100 produtores da fruta que foram estimulados a intensificar a produção.

O grupo recebeu apoio da Secretaria de Estado de Agricultura. O processo de compra por parte das cooperativas seguia o fluxo normal. Mas a capacidade de estocagem das polpas chegou ao limite. Sem as câmaras frias da Cageacre, os produtores ficaram sem ter onde armazenar o estoque.

A Secretaria de Estado de Educação finaliza o processo licitatório para absorver a produção de base familiar por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Ano passado, o PNAE aplicou R$ 20 milhões e o secretário de Estado de Educação, Aberson Carvalho, informou esta semana ao ac24agro que toda a compra do PNAE no Acre tem a agricultura familiar como foco.

“Nós queremos que você faça uma reportagem mostrando que as cooperativas falaram para nós produzir e nós produzimos. Agora na hora de comprar o nosso produto eles não querem comprar”, afirmou uma das produtoras.

O diretor da Cooperacre Manoel Monteiro, em recente declaração ao ac24agro, adiantou que a alternativa que a Cooperacre planejou e está em fase de execução é buscar mercados fora do Acre para as polpas de frutas. “Precisamos construir alternativas ao comércio com o Estado”, disse.

A Cooperacre está em fase de instalação de uma nova câmara fria que vai praticamente dobrar a capacidade de estocagem. O investimento é de R$ 40 milhões. Caso essa nova câmara fria não seja suficiente, a direção já tem planejamento de nova expansão para outra estrutura.

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Itaan Arruda. Jornalista. Foi correspondente no Acre dos jornais Gazeta Mercantil Amazonas e O Estado de S. Paulo e repórter do jornal A Tribuna. Atuou na Secretaria de Estado de Comunicação nas gestões de Jorge Viana e Binho Marques. Foi repórter do jornal A Gazeta, editor do site agazeta.net e apresentador da TV Gazeta, afiliada à Record TV no Acre. Produziu e apresentou o programa de rádio "Voz do Povo", na Rádio Cidade. Atuou também como redator do site ac24horas. Hoje, é repórter do site ac24agro.
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