O secretário de Estado de Agricultura, José Luiz Tchê, levou a “agricultura irrigada” como um dos pontos de pauta prioritários na audiência que manteve com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em Brasília na semana passada.
Dos 14 projetos implementados com recursos públicos no país, apenas dois estão localizados no Norte: um no Araguaia Xingu e outro no Sudoeste do Tocantins. A implementação dos Polos de Agricultura Irrigada é uma consequência de demandas dos agricultores. É uma política pública que só se torna realidade quando os ministérios são provocados. É uma ação por demanda.
“O ministro se mostrou sensível”, afirmou o secretário. Essa não é uma demanda tão simples para um estado do Norte emplacar nos gabinetes em Brasília. O raciocínio é de que o Norte não necessita devido ao alto índice pluviométrico anual. O problema é que as mudanças climáticas têm trazido consequências para a distribuição das chuvas. Há períodos do ano em que há escassez de chuvas graves. Ano passado mesmo, o agricultor familiar foi muito impactado.
De fato, os outros 12 projetos estão capilarizados pelas regiões Nordeste e Sul (é uma das regiões em que o processo de desertificação está acentuado).
Para que o Ministério da Agricultura aceite a demanda do Acre, é preciso passar por quatro etapas: seleção prévia; planejamento e reconhecimento; indicação de projetos prioritários; implementação e acompanhamento.
Aqui no Acre, a agricultura irrigada está limitada a algumas poucas propriedades privadas. Projetos Públicos de Irrigação (PPI’s) ainda não há nenhum. É preciso que a Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) defina e o processo inicie no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.