Durante a coletiva de imprensa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o diretor técnico Bruno Lucchi apresentou os principais indicadores econômicos do setor e reforçou o papel decisivo do agronegócio no desempenho da economia brasileira.
Segundo Lucchi, o maior destaque nacional é o PIB. A estimativa inicial para 2025 era de um crescimento de 1,8%, mas o último boletim aponta que o país deve encerrar o ano com alta de 2,25%. Esse avanço é atribuído diretamente ao desempenho do PIB agropecuário, impulsionado pelo aumento na produção de grãos e carne. O agronegócio registrou crescimento de 9,6%, enquanto o PIB agropecuário avançou 8,3%, favorecido pelas condições climáticas que permitiram ampliar a produção. Para 2026, a expectativa é de um crescimento próximo de 6%.
A inflação de alimentos também foi influenciada pelo setor. Em 2024, os alimentos subiram 8,23%, mas em 2025 a alta desacelerou para 2,05%, reflexo do aumento da oferta no campo.
Lucchi detalhou ainda o cenário da pecuária. Em 2025, o Brasil ampliou a produção de carne, que deve encerrar o ano com cerca de 12 milhões de toneladas, alta de 1,7%. Para 2026, a expectativa é de aumento no consumo interno, embora a produção possa recuar até 3%.
No caso dos grãos, o crescimento foi expressivo: a safra avançou cerca de 21%, alcançando 354,8 milhões de toneladas. O diretor destacou que, apesar da influência do fenômeno La Niña, que atrasou a produção em algumas regiões do país, o volume final ainda representa um dos maiores resultados da história.
As projeções reforçam o papel central do agronegócio na sustentação da economia brasileira e consolidam a expectativa de mais um ano positivo para o setor em 2026.
